Polícia
civil investiga caso de uma menina de dois anos que morreu em Marília.
Isabelle Fernandes
dos Santos teve sua morte encefálica informada nesta quinta-feira pelo HMI
(Hospital Materno-Infantil).
Ela estava
internada desde o último sábado, quando supostamente caiu da cama em um
apartamento localizado no CDHU, na zona sul.
Quem estava com a
criança era o namorado da mãe da vítima, ele contou versões diferentes do caso.
A menina chegou
com fratura no braço direito, diversos hematomas e arranhões por todo o corpo.
Conforme o
hospital, a notícia inicial era de que a menina havia ingerido acidentalmente
remédios da mãe, Sara Fernandes, e caído da cama.
A versão do homem
não convenceu, e a médica que atendeu Isabelle afirmou que as lesões eram
incompatíveis com a situação narrada.
O homem falou
inicialmente sobre a queda da cama, mas logo depois mudou sua versão e disse
que a menina havia caído de uma escada.
A situação se complicou ainda mais quando o hospital
não comunicou a morte encefálica da criança, que teria ocorrido no sábado.
O hospital também liberou a doação das córneas e rins,
com formal autorização da família.
Para a polícia civil essa conduta foi totalmente
irregular, uma vez que há suspeita de violência contra a criança.
Diante disso, foi determinada a comunicação formal da
morte encefálica, que só teria ocorrido ontem, por volta das 15h.
Os investigadores consideram que a retirada dos órgãos
pode comprometer a apuração de eventual violência.
Devem ser abertos dois inquéritos policiais para
investigar o caso.
O primeiro vai apurar qual foi à causa da morte de Isabelle
e o outro vai investigar por que o HMI demorou tanto tempo para comunicar a
morte encefálica da criança.
Em
ambos os casos o prazo para conclusão das investigações é de 30 dias,
prorrogáveis de acordo com a necessidade para conclusão dos trabalhos.

